sexta-feira, 23 de março de 2012

Este novo mundo sem bandeiras, sem fronteiras

Sob o título "The term 'world music' is outdated and offensive", Ian Birrel, jornalista de assuntos internacionais do Guardian, discorre sobre o tema já relativamente gasto da "ghettificação" do termo "world music" (o tema é tão velho, na verdade, quanto o termo: 25 anos), mas com uma abordagem aos tempos atuais, ao paradigma do "mashup" a que a muitos de nós aderimos com entusiasmo:
«Life's a mashup these days, isn't it? Not just online but in the real world too. From arts to science, from finance to food, from work to play, we live in a time of fantastic fusion, with ideas taken from anywhere and influences found everywhere.»
Uma das passagens mais interessantes do artigo de Birrel é a ilustração destes tempos com a história do músico sul-africano Spoek Mathambo:
«Spoek grew up in South Africa. His wife is Swedish. His mum sang in a church choir, his dad listened to jazz and his sisters liked Bob Marley and Shabba Ranks while he preferred American rap. In recent years, Spoek has toured the world, working with some of the coolest dance producers. His music is released on Sub Pop, home to grunge. Little wonder it reflects so many people and places, all given his unique and often-dark township techno twist.»
Goste-se ou não do Mathambo e da versão dele para "She's Lost Control", dos Joy Division, a sua história é fundamental como ilustração para a compreensão dos fenómenos culturais dos nossos dias. Histórias destas tornam o mundo em que vivemos mais rico, independentemente da quebra do produto mundial, independentemente das guerras e guerrilhas que todos os dias eclodem.

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